quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mudanças


Porque a mudança externa
é só uma exteriorização da necessidade de ser diferente
e mudar antigos hábitos!

Seu nome era Ana (Aninha como gostava de ser chamada) e às vezes não conseguia entender, com seus quase 17 anos, como alguém pode ter uma personalidade tão destruidora. Mal podia ser feliz, e não conseguia manter amigos que quisesse por perto, não se contentava com uma vida estável e não entendia como era possível permanecer sendo igual por mais que uns dois meses.
Recebera um e-mail, dizendo que o nada estava acabado, isso mesmo, o nada que ela não havia construído com aquele que não era realmente seu amigo...
"Não tente entender, a culpa não é sua, não tem nada a ver com você, por isso você nunca compreenderá!"
Não era a primeira vez que isso acontecia, e sabe o que dizem se acontece mais de uma vez, o problema pode ser com você!
Sua auto-análise incluía seu jeito extrovertido de ser, suas brincadeiras de duplo sentido, as piadas que não são compreendidas, e a sua necessidade de explicar-se sempre antes de dizer o que queria. "Como as coisas podem ser diferentes? Eu nasci assim, e é assim que morrerei nessa droga de vida".
Não conseguia se ver como uma mulher, uma mulher que muitas vezes atraía o desejo daqueles que se diziam seus amigos, e que atraídos pela sua teia só tinham uma saída: Se afastar e assisti-la de longe, evitar os pensamentos amorosos e a cobiça, sem poder explicá-la que o faziam porque a amavam.
Ou eles explicavam? E ela vivendo em seu mundo feliz e perfeito, não podia entender que o mundo não a via como ela mesma se via, não a viam como era no espelho: "a garotinha, a felizinha". Isso se dava pelo fato de que ela mesma se considerava, indesejável, como uma criança de 3 anos, só que isso era por dentro, no querer, na vontade, na inocência... Não se dava conta de que havia crescido e se tornado uma linda mulher, que os desejos de criança, a vontade de brincar, de que todos fossem amigos, de que não houvesse guerra nem coisas feias, que todos vivessem em um mundo perfeito, já não eram possíveis.
Mas primeiro veio a consciência e depois o baque de que tudo agora devia ficar para trás... Já não podia se aproximar dos homens sem imaginar que eles não a queriam como amiga, só viam suas belas formas e sua desenvoltura ao falar... Nada seria igual, não confiaria mais nos homens, e nem mais teria amigos.
A mudança começou por fora, quando percebeu que dali pra frente, tudo seria diferente!


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fome - faminta


Fome de aventura
desejo de se arriscar...

Fome de medo
navegar pelo desconhecido...

Fome de incerteza
não saber o que fazer...
Fome de palpitações
não poder segurar o coração...

Fome de conquistas

se ver importante...
Fome de tudo

Fome de nada
|Arriscar-se; Querer; Desejar; 'Desentender; Procurar; Não-encontrar; Precisar; Carecer; Mergulhar; Bocejar; Ignorar; Padecer|

segunda-feira, 5 de julho de 2010


"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria. A vida não é fácil como parece, ate os palhaços choram... não se iludam!"