enterro de tua última quimera
somente a Ingratidão - esta pantera -
foi tua companheira inseparável
Acostuma-te à lama que te espera
O homem que nesta terra miserável
Mora entre feras
Sente necessidade de também ser fera
Tome um fósforo. Acende teu cigarro
O beijo é a véspera do escarro
a mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga
Escarra nessa boca que te beija!
Augusto dos Anjos - Poeta Pré-Modernista
(Poesia que eu decorei prum trabalho de literatura...
só não contem pra gorda que o trabalho dela era bom pq ela é um porre.. ahseuhas)
2 comentários:
hasusahsauhaahsu
Segredo nosso!! :X
Linda poesia!
Passa lá no meu blog!
BeijO*-*
http://evesimplesassim.blogspot.com/
Esse aí eu sei de cor. Recito quando e como for, nunca erro uma vírgula. Uma obra-prima de fato. Tanto por forma quanto por conteúdo. Aliás, Augusto dos Anjos foi que me apresentou o soneto, quem me apresentou o niilismo, entre outras coisas tais...
Um velho amigo daqueles tempos, que hoje tá meio distante, quando teve um filho, homenageou-o da maneira que bem convinha... o rebento foi batizado como Augusto...
Poema primoroso... boa escolha, beijão.
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