segunda-feira, 13 de julho de 2009

Razão do 'escrever'


Por que escrevo? Primeiro porque decifrei os sinais da língua e às vezes a forma que faz o conteúdo. Escrevo por motivo grave de “força maior”.
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever.
Quem me responderá? Não sei... Se terei resposta? Menos ainda.
Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.
Grito puro e sem pedir esmola.
Escrever não é uma coisa que você resolve fazer e é ou não bem-sucedido. É uma coisa que arrebata, chateia, assombra de tal forma que, mais cedo ou mais tarde, você tem que entrar num acordo com ela. E por um período você tem paz, até que tudo começa de novo.
Escrever é gritar em silêncio, é pensar pro mundo, é marcar presença e fazer história.
Escrever é tornar palpável a imaginação. É permitir que outros voem em suas asas.
Não escrevo por aplausos, ou por achar que mereça ser “lida”. Escrevo para transbordar. Para deixar cair em algum lugar o que escorre por não caber mais.
Que não se esperem, então, estrelas no que se segue: nada cintilará, trata-se de matéria opaca e por sua própria natureza desprezível por todos.
Eu própria não entendi ainda, a grandeza daquilo que pretendo fazer.
Sinto-me como que, não tenha ainda alcançado a pessoa que está dentro de mim, é como se me escapasse aos dedos toda vez que a apalpo.
Escrever me deixa frente a frente com ela, como num espelho.
Pelo menos o que escrevo não pede favor a ninguém e não implora socorro.
Ou implora? Socorro. Pra mim mesma. Veja mais, sinta mais, seja mais sensível, pense alto, não se cale, não consinta, lute com mais garra, respire com mais força, faça por merecer a vida que você vive.
Não sei se perdi o jeito, ou a inspiração, mas esqueci como se faz isso. Acho que porque você escreve aquilo que vive, escreve a realidade. Não posso escrever se não vivo - como não vivo. Quero mais aventura, mais emoção, quero uma vida, quero pulsar, mudar o mundo, ser alguém. Quero amar, mesmo que não sendo amada (é necessário admiti-lo). Quero o meu carnaval.
E quero aceitar minha liberdade sem pensar o que muitos acham: que existir é coisa de doido, caso de loucura. Porque parece. Existir não é lógico.
Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de meu ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu morreria simbolicamente todos os dias.
Vivemos exclusivamente no presente, pois sempre e eternamente é o dia de hoje e o dia de amanhã será um hoje. A eternidade é como as coisas são nesse momento.
Pensar é um ato. Sentir é um fato.
Sei de algumas coisas por viver. Quem vive sabe, mesmo sem saber que sabe.
Coisa engraçada, viver. Viver, como dizem, é escrever sem borracha. Ruim é quando o lápis quebra a ponta. Há quanto vivo nessa, de viver e não saber que vivo. Vivo, ou existo?
E é por isso que escrevo, por não ter respostas, e não que as queira obter, mas é preciso arriscar, me atrever.
Um meio de obter é não procurar, um meio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é resposta a meu - meu mistério.

Inspirado em “A hora da estrela” e “A Mansão Hollow”
Por Ingrid


OPS.: Galera, perdoem-me o abandono, é que eu estou sem internet em casa, meu blog tá solitário e abandonado =/

Mil agradecimentos pra galera nova que andou visitando ai..

e até o final do mês ainda pretendo fazer uma comemoração pelo primeiro aniversário do blog (que é no final desse mês) ;)

valeu e não me abandonem apesar do MEU abandono =)


Beijos

5 comentários:

Deftones disse...

Escrever é saída útil, ou escape temporário, pra quase tudo na vida. Eu sou, nós somos e muitos dos que nos leem e que lemos, são testemunhas disso. Você foi a fundo agora, fazendo esse compêndio aí, absorvendo coisas dos livros, é bom quando eles nos servem com tanta maestria, ainda mais escritores com a imaginação e sensibilidade de uma Clarice por exemplo.... de maneira que a tua ausência não poderia ser melhor suprida!

Tamos no aguardo pelo seu retorno... um beijo, até a vista.

L disse...

"Escrever é gritar em silêncio, é pensar pro mundo, é marcar presença e fazer história."
Principalmente pensar no mundo!
Realmente, a gente não escreve esperando obter resposta, mas talvez causr duvida a quem ache que as possui.
Não escrevemos pra que alguem nos responda, mas simplesmente pra que alguem nos "leia" e entenda o que queremos dizer!
Escrevemos para acalmar o nosso ser quando ele esta fraco e o eu lirico tão forte!
Escrevemos, simples assim!

Adorei muito este post ^^
E faz falta as suas expressões atualizadas!
Haha, mes q vem meu blog tbm faz aniversario! ^^
E vc mudo o template né? Eu gostei!

Bjoooks

Giovana Vincenzi disse...

Ei, dona inernet! Faz favor de voltar já pra casa da Ingrid!! :oD

Não siga meu (mau) exemplo em abandonar o blog, hein??

O que mais me motiva a voltar são os comentários carinhosos que eu recebo de pessoas especiais!! :o)

Obrigada pelo imenso carinho!

Beijão!!

Grazi disse...

Adorei seu blog , vc escreve muito bem , me identifiquei com seu jeito de pensar.parabéns

Giovana Vincenzi disse...

Oi, linda!!
Obrigada pelo carinho de sempre!!
Tô no aguardo das suas atualizações também, viu?

Também gosto muito de "Rosas", acho uma das melhores da Ana Carolina!