segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vazio

Não peço às pessoas que entendam o que eu quero dizer, porque por vezes não entendo nem os meus próprios sentimentos.
Mas... sinto falta! Sinto falta de quando eu não via tudo embaçado, enuviado, confuso. Falta de quando meus sentimentos eram extremos, bons ou ruins. Falta de saber o que dizer e saber explicar. Falta talvez, de ser compreendida.
Ultimamente tem sido (como me disse um amigo) como as composições de Beethoven depois que perdeu a audição: Lúgubres e melancólicas. Não por estar me sentindo triste. Mas, por estar tudo constantemente confuso.
Se tivesse que definir as últimas coisas que escrevi, com certeza seria lúgubre e melancólico.
Uma pessoa como eu, acostumada a ter controle de todas as situações, sempre sabendo o que quer e o que sente, não pode com essa lacuna emocional.
Não é como quando você tem um problema, e vai até a raiz, arranca o mal e o resolve... é diferente! O meu problema é abstrato, inexplicável. Como se luta contra o escuro? Murros em ponta de faca...
Eu queria ter de volta aquele amor e carinho escorrendo pelos dedos, ter de volta a alegria palpável, não só a comum! a extra over que existia antigamente...
Mas tudo que sinto atualmente são engrenagens, dobradiças, e aço (muito rígido).

4 comentários:

♥ Evelin Pinheiro ♥ disse...

Sabe Ingrid, todos nós temos dias assim...
Tem dias que parece que tudo é um grande nada. E nada faz sentido e nem sabemos quem somos e por que estamos aqui. São dias ótimos para pensarmos nossa existência e tomar atitudes pra mudarmos aquilo que precisa ser mudado.

Esse dia vai passar, vc vai ver!!

BeijO, minha flor*-*

http://evesimplesassim.blogspot.com/

Pena disse...

"Uma pessoa como eu, acostumada a ter controle de todas as situações, sempre sabendo o que quer e o que sente, não pode com essa lacuna emocional".

esta foi uma das minhas aulas de filosofia que dei aqui em eunápolis!

e como acabo de ler sua postagem e estava ansioso para escrever algo tb no meu blog.

alegre-se:

1º vc me inspirou a escrever
2º esta postagem é pra você!

talvez não sane o vazio ou não desembaçe sua visão, mas pelo menos trará seus pes no chão.
de fato a sensação não é boa, mas é o melhor que eu posso fazer! abração ingr! e saudades guria!

Deftones disse...

O tempo escorre pelos dedos de nossa mão, bonequinha... dele resta somente aquilo que é condição existencial. A lugubridade, a melancolia. São os elementos que fazem parte constante de nosso ser, meramente ignorados naquilo que chamamos bons momentos. Mas a vida é isso: é esse eterno hiato, esse nada dentro de nós. É esse dilema infindável, essa eterna falta de descrição das coisas, essa constante sensação de sentir-se estrangeiro. Sobra tudo o que é turvo, esvai-se todo o certo e o límpido. Há algo de deslumbrante aí: a dúvida, afinal, segundo um francês, é o preço da pureza. Há algo de novo nesse desconhecido. Há algo de curioso, de interessante, de fabuloso, nesse ambiente vultoso e meio com cara de breu. Há algo a se entender quando se está preso a esse permanente desentender......

Beijo

Natália Corrêa disse...

Sabe, eu sempre fui imatura. Por isso estou vivendo aos vinte exatamente o que você sente aos dezessete.
Eu cresci, sim, mas continuo pequena demais. E, se quer saber, você poder ser um exemplo pra mim melhor do que eu seria pra você.
Sobre essa melancolia, eu também sinto. Nossa, como sinto! E fico querendo ser novamente aquela pessoa efusiva, radiante, cheia de sorrisos e ideias vibrantes. Agora eu me sinto escondida pela próbria sombra dos meus pensamentos.

Mas espero que passe (pra nós duas).
E espero que eu não te decepcione com meu Planeta Desorientado!
Brigada pela visita.

Ah, e sobre o jornalismo, eu não pretendo ser pobre, haha. Quando a gente gosta e é bom no que faz, o destino abre as portas. Se não, eu pego algum desvio. Só não quero ser infeliz ou refém do dinheiro.